Um dado divulgado no primeiro relatório nacional sobre a população penitenciária feminina do Ministério da Justiça apontou um crescimento de 567,4% de mulheres presas entre 2000 e 2014. No mesmo período, a população masculina aumentou em 220,2%.
O estudo contém números de 1.424 unidades prisionais no sistema penitenciário federal e estadual.
Além do aumento exponencial, foram levantados dados sobre os motivos dessas prisões e chegou-se a conclusão que 68% das mulheres presas, estão detidas por crimes relacionados às drogas, enquanto que o mesmo tipo de crime corresponde a 25% da população penitenciária masculina.
O Brasil ocupa a quinta colocação no ranking de maior população carcerária feminina entre 20 países analisados, com 37.380 presas, atrás de Estados Unidos (205.400 detentas), China (103.766), Rússia (53.304) e Tailândia (44.751).
Entre os estados com maior população absoluta de presas, São Paulo lidera (39% do total), seguido por Rio de Janeiro (11%) e Minas Gerais (8,2%). Nesses 15 anos que o relatório explora, o Alagoas foi o que obteve maior crescimento de mulheres presas (444%), enquanto que o Paraná reduziu em 43%.
A pesquisa ainda mensurou o número de estrangeiras presas, infraestrutura para gestantes e número de mortes dentro do sistema prisional. Confira aqui.