O IEPES liberou agora no final de janeiro um relatório independente que analisa os dois anos da lei de regulação da maconha no Uruguai.
O material de 53 páginas, além de trazer uma breve história dos anos de proibicionismo e um resumo do processo que regulou a droga no país, fornece uma série de dados e entrevistas coletadas nesses dois anos da aprovação da lei nº 19.172.
Entre alguns dados interessantes, estão:
- Cerca de 70% da população vê resultados positivos e efeitos perceptíveis na regulação da maconha.
- O consumo de maconha entre a população jovem se manteve estável.
- As substâncias mais utilizadas em mais de um ano foram o tabaco e medicamentos em geral.
- Aproximadamente metade dos usuários de maconha preferem o autocultivo, em oposição à outras formas, como participações em clubes canábicos ou compras no mercado negro.
- Mais de 80% prefere consumir com cigarros em relação a outras formas de consumo.
- Mais de 90% da população acredita não existir um vínculo entre o consumo de maconha e a prática de delitos comuns, como roubos e assaltos.
- A maioria dos usuários de maconha são homens (57,2%), pessoas entre 21 e 30 anos (43,4%) e universitários (54%).