Hoje o movimento pela reforma da política de drogas perdeu uma grande representante: faleceu nesta madrugada a ativista Maria Antonia Goulart, de 69 anos, que lutava há mais de uma década pela legalização da cannabis no país.
Sua relação com a maconha começou em 2007, quando foi diagnosticada com câncer no intestino e fazia uso da cannabis para aliviar os efeitos do tratamento. Mais tarde, voltou a usá-la para tratar das dores musculares causadas pela fibromialgia. Em 2017, Maria Antonia foi diagnosticada com câncer no cérebro. Na UTI, com a autorização dos médicos, pode vaporizar a cannabis, levando para dentro do hospital uma terapia alternativa para conter os sintomas da doença.
Defensora do autocultivo de maconha, Maria Antonia inspirou e continua a inspirar pessoas e organizações que trabalham pela revisão do atual modelo de política de drogas, dando força ao movimento pela regulação da cannabis, sobretudo para fins terapêuticos, e pelo fim da guerra às drogas.
A cerimônia de cremação será às 18h30 no Crematório de Vila Alpina, em São Paulo.